Certas PalavrasPágina de Marco Neves sobre línguas e outras viagens

Qual é a língua mais estranha do mundo?

Os linguistas e os antropólogos trazem-nos, de vez em quando, notícias de línguas muito estranhas, com uma gramática que nos deixa de boca aberta e palavras com significados tão precisos que ficamos espantados por haver quem tenha sentido a necessidade de criar uma palavra só para dizer aquilo. Já aqui falámos da língua que só tem verbos irregulares ou daquela outra que tem mais de milhão e meio de formas diferentes para cada verbo! No meio disto tudo, será que podemos responder à pergunta: qual é a língua mais estranha do mundo?

Uma língua de bradar aos céus

Ali escondida num recanto da Índia, há uma língua chamada bodo que tem uma gramática muito complexa e um sem número de palavras peculiares, com sentidos que nos deixam a coçar a cabeça. Repare o leitor, por exemplo, nestas quatro palavras:

  • «Egthu»: um verbo que indica o momento em que começamos a sentir um certo conforto no meio de um grupo de pessoas que não conhecíamos.
  • «Onsay»: o momento em que duas pessoas que estavam separadas decidem voltar a juntar-se.
  • «Goblo»: um verbo que indica a troca de um objecto por objectos de valor inferior que, em conjunto, têm o mesmo valor que o objecto original.
  • «Khonsay»: o momento exacto em que um casal numa relação duradoura tem relações sexuais pela primeira vez.

Palavras estranhas, não é? Por que carga de água há-de esta língua ter uma palavra para a primeira relação sexual de um casal?

Ora, a gramática do bodo é ainda mais estranha: a língua divide todos os nomes na categoria azul e na categoria vermelha. Os linguistas chamam «género» a esta divisão, mas ao contrário das línguas que nos são mais habituais, não é uma divisão por sexo, mas por cor: os nomes dos objectos azuis terminam em «-o» e os nomes dos objectos vermelhos terminam em «-a». Quando um nome não é nem azul nem vermelho (por ter outra cor ou por ser um conceito abstracto), é integrado num dos géneros de forma aparentemente aleatória. Há ainda casos em que um objecto vermelho é integrado no género azul, não se sabe bem porquê.

Há mais surpresas: algumas palavras são objecto de tabus peculiares. São usadas por muitas pessoas, mas não podem ser ditas em contextos formais. Por exemplo, a palavra «goblo»,  que descrevi acima, é considerada imprópria para muitas situações. No entanto, não é um palavrão. É apenas considerada imprópria.

E a gramática da língua? Há um tempo verbal próprio para nos referirmos a qualquer coisa que aconteceu repetidamente nos dias anteriores ao momento da fala: «nhote ladofa moc lee» significa que o sujeito falou regularmente com outra pessoa nos últimos tempos. Há ainda um tempo verbal que indica alguma coisa que ocorreu no futuro de um acontecimento passado. Ou seja, se eu falo de uma revolução que aconteceu em 1990 e quero referir-me a qualquer coisa que aconteceu cinco anos depois (no futuro da revolução, mas no nosso passado), tenho um tempo verbal próprio nesta língua da Índia. Ah, e se tivermos a certeza do que estamos a dizer usamos uma certa conjugação verbal, mas se tivermos dúvidas usamos outra. É um espanto, a gramática desta língua…

Que língua é esta, afinal?

Talvez o leitor tenha percebido a malandrice… As descrições acima não são da tal língua indiana (que existe e é interessante, mas não tem estas características). Muito do que descrevi acima aplica-se, com algumas alterações, ao nosso português!

Vá, peço desculpa pela malandrice. Foi uma maneira de apontar para a estranheza da nossa língua.

Sim, há um tempo verbo que indica uma acção que se repete várias vezes: «tenho falado com ele». É o pretérito perfeito composto que, neste caso, tem um sentido iterativo. (Aliás, a frase «nhote ladofa moc lee» é «tenho falado com ele» com as letras baralhadas…)

Este pretérito perfeito composto também é usado em certas construções condicionais: «Se eu tenho falado com ele ontem, nada disto acontecia!» Há quem veja neste uso alguma informalidade, mas tudo dependerá dos hábitos de cada um. O certo é que este tempo verbal até já aparecia com este sentido n’Os Lusíadas:

Tu só de mi só foges na espessura?
Quem te disse que eu era o que te sigo?
Se to TEM DITO já aquela ventura
Que em toda parte sempre anda comigo,
Oh! não na creias, porque eu, quando a cria,
Mil vezes cada hora me mentia.

(Agradeço a Sérgio de Carvalho Pachá esta referência, durante uma discussão sobre a língua no Facebook.)

Ah, a conjugação verbal do português, vista de fora, é um espanto. O próprio presente do indicativo é qualquer coisa de deixar um linguista marciano a coçar a cabeça. Parece simples: é um verbo que indica uma acção que está a decorrer agora. Só que não: se quero indicar uma acção que está a decorrer neste momento, digo «Eu estou a falar com o Pedro.» ou, em certas regiões, «Eu estou falando com o Pedro.» O presente do indicativo do verbo «falar» é uma ferramenta que tem outros usos: para dizer que falamos todos os dias com aquela pessoa («Eu falo com o Pedro todos os dias.»); para dizer que sabemos falar uma língua («Eu falo japonês na perfeição!»); para dizer que, no futuro, falaremos com aquela pessoa («Não se preocupem, eu falo com ele.»). E não termina por aí…

Reparemos ainda: dizer «tenho falado com o Pedro todos os dias» e «falo com o Pedro todos os dias» parece quase a mesma coisa. Mas há uma diferença subtil: no primeiro caso, estamos a dizer algo como «nestes últimos tempos, não há dia que passe sem que eu fale com o Pedro». Já a segunda construção significará que eu costumo falar com o Pedro todos os dias desde há muito tempo (e vou continuar).

Quanto ao tal tempo verbal que indica o futuro do passado, claro que existe em português: é o futuro do pretérito, que habitualmente chamamos de condicional: «Anos depois, encontrá-lo-ia no mesmo lugar.» Hoje em dia, usamos mais um tempo composto: «Anos depois, viria a encontrá-lo no mesmo sítio» — mas esse é o mesmo fenómeno que nos leva a dizer «vou encontrá-lo amanhã»: o verbo «ir» é um auxiliar que permite construir tempos compostos para expressar o futuro. É uma outra complicação da nossa língua, que aprendemos sem pestanejar.

Esta transformação do verbo «ir» numa peça da gramática da língua é um exemplo de «gramaticalização», ou seja, o processo através do qual uma palavra normal, com um sentido próprio, começa a ser usada sem esse sentido original, mas com uma função morfológica ou sintáctica. Deixa de ser parte do léxico da língua e começa a funcionar como peça da gramática da língua.

O próprio futuro do português foi criado pela transformação de um verbo perfeitamente normal da língua (o verbo «haver») numa peça da gramática: «amar+hei» > «amarei». Se o verbo «haver» acabou por ser comido pelo verbo principal, o verbo «ir» ainda nos aparece bem separado na escrita — mas o processo é semelhante.

Na descrição ficcional da gramática do bodo, algum leitor mais atento terá também percebido que, em português, também há um modo verbal para a dúvida (o conjuntivo) e outro para a certeza (o indicativo). O uso dos dois modos é muito mais complexo do que parece ao fazer esta divisão tão limpinha, mas nada é simples no que toca à língua.

O género da língua

Já quanto ao género… Aquela descrição do género com base na cor é fantasiosa (mas não garanto que não exista nalguma língua perdida num vale da Papua-Nova Guiné). Mas, ao contrário do que sentimos ao falar a nossa língua, o género dos substantivos que usamos não segue qualquer lógica: por que razão havemos de considerar uma mesa como um ser feminino e um banco como um ser masculino? É um pedaço de gramática absolutamente aleatório.

Aleatório e, ouso dizer, inútil — há línguas que passam bem sem um sistema de género, como o inglês, onde há substantivos (e pronomes) que se referem a seres de determinado sexo, mas onde não é preciso atribuir um género aos outros nomes todos. Para um inglês, uma árvore é apenas «a tree» ou «the tree», sem género que se veja ou sinta. É assim no inglês, como noutras línguas. Há línguas com um género, dois géneros, outras com três — a variedade é espantosa. A nossa calhou ter dois.

Disse que o género gramatical é aleatório e há línguas que passam bem sem ele. Que haja esta divisão em português é um problema? Claro que não: as gramáticas das línguas estão a transbordar deste tipo de divisões e subtilezas deliciosas que outras línguas dispensam sem mal — estas arbitrariedades são a própria massa com que se constrói a gramática da língua.

A gramática não é lógica: é uma floresta cheia de esplendorosas árvores de troncos engalfinhados uns nos outros, uma floresta que vem do princípio dos tempos e vai mudando devagar. Uma floresta complexa, de que ninguém tem um mapa completo e que, vejam lá isto bem, todos reconstruímos no nosso cérebro nos primeiros anos da nossa vida. Não apetece partir à aventura?

E aquelas quatro palavrinhas?

Quanto às quatro palavras lá em cima, na verdade, são portuguesas:

  • «Enturmar-se»: um verbo que indica o momento em que começamos a sentir um certo conforto no meio de um grupo de pessoas que não conhecíamos.
  • «Reconciliação»: o momento em que duas pessoas que estavam separadas decidem voltar a juntar-se.
  • «Destrocar»: um verbo que indica a troca de um objecto por objectos de valor inferior que, em conjunto, têm o mesmo valor que o objecto original.
  • «Consumação»: o momento exacto em que um casal numa relação duradoura tem relações sexuais pela primeira vez.

Fui buscar esta ideia de disfarçar algumas palavras europeias com a máscara duma língua distante a um livro de John McWorther (Our Magnificent Bastard Tongue), que fez a mesma malandrice em relação ao inglês. Foi ele que se lembrou de usar o boro como máscara — a razão por que escolheu esta língua e não outra é interessante, mas fica para quem ler o livro.

Foi uma malandrice? Foi, claro. Mas é esta a explicação daquelas listas de palavras exóticas ou «intraduzíveis» que por vezes aparecem por aí: se escolhermos um dos significados da palavra e o explicarmos de maneira esmiuçada, a descrição parecerá incrível e quase intraduzível.

Quando o leitor encontrar uma lista de palavras intraduzíveis, desconfie: provavelmente, cada palavra tem um sentido mais genérico, mas o falante com quem o criador da lista conversou escolheu um sentido particular, porque na vida real as palavras são usadas em frases, com sentidos precisos, e não nos dicionários, onde as definições têm de ser abrangentes. As palavras são uma espécie de nuvem de significados e só adquirem o sentido preciso em cada frase (às vezes com a ajuda de um gesto ou de um piscar de olho). É assim que todas as línguas funcionam e por isso nenhuma palavra é inteiramente traduzível por outra palavra exacta, mas as frases já são bichos bem mais fáceis de domar nas mãos treinadas do tradutor.

É proibido, mas pode-se dizer

Quanto ao tabu de que falei lá em cima, recai sobre a palavra «destrocar». Tem um sentido preciso, está formada como outras palavras que não desinquietam ninguém («desinquietar», por exemplo), mas o seu uso é tabu em certas situações ou por certas pessoas: é considerada uma palavra incorrecta, demasiado rasteira, um erro que se perpetuou.

Este torcer do nariz em relação a umas palavras e não a outras também acontece em todas as línguas. Confesso: é ilógico, mas é parte do que torna a linguagem humana tão interessante…

Uma nota em relação a esta brincadeira toda: os tempos verbais de que falei acima ou as palavras que enumerei não são exclusivas do português — não é esse o objectivo deste jogo. Foi uma maneira de nos obrigar a olhar com outros olhos para a nossa língua, com tudo o que tem dentro (exclusivo ou nem por isso). É uma forma de começarmos a olhar para o português com olhos de linguista marciano.

O motor da língua

Todas as línguas são estranhas para quem olha para elas pela primeira vez — e todas as línguas são naturalíssimas para quem as aprendeu desde criança. Quando nos esforçamos (é o que os linguistas fazem todos os dias), começamos a ver a nossa língua de fora — e o espanto, para quem tem a coragem de saltar por cima das ideias-feitas e dos medos habituais, é de nos deixar de boca aberta.

Se levantarmos o capot da língua, vemos o motor que o nosso cérebro recriou através do contacto com outros falantes nos primeiros anos de vida. Como sabemos, há quem se concentre nas pequenas imperfeições desse mecanismo numa cabeça em particular (ou até em imperfeições que não estão lá). Há quem não conheça a complexidade do motor e confunda as suas ideias simplificadas com o funcionamento do mecanismo. Um exemplo? Ainda há dias ouvi alguém a queixar-se do pretérito perfeito composto de que falei acima. Dizia a pessoa que «se eu tenho disparado» é um erro quando usado no sentido condicional. No entanto, no debate que se seguiu, percebi que a pessoa não sabia que estava perante um tempo verbal legítimo. A ela este tempo composto parecia-lhe apenas o verbo «ter» no presente do indicativo e o verbo «disparar» no particípio — ora, os dois verbos, em conjunto, são mesmo um outro tempo verbal (composto).

Quando queremos saber mais sobre a nossa língua ou sobre a linguagem humana, temos de ser um pouco mais exigentes com nós próprios, menos prontos a disparar sem saber, mais curiosos e espantados. A conjugação verbal portuguesa (para nos atermos só a esse aspecto particular da língua) é muito mais intrincada do que parece. Mesmo quem a estuda todos os dias tem dúvidas — atrever-me-ia até a dizer que todos os que a estudam de forma aprofundada acabam com mais dúvidas, porque percebem o tamanho da nossa ignorância sobre o tal mecanismo que temos dentro do cérebro.

E, no entanto, espantosamente, usamos esse mecanismo magnífico todos os dias, sem parar e sem pestanejar, à mistura com gestos, com o tom de voz, com a relação particular com a pessoa com quem falamos — as grandes falhas surgem na escrita, uma forma de tentar capturar com manchas no papel as palavras que dizemos nesse espanto que a língua falada. (Escrever é como falar para um microfone com uma venda nos olhos e as mãos atadas atrás das costas, sem saber quais são as reacções de quem nos ouve. É mais difícil e só muito recentemente a maioria da população aprendeu a lidar com esta outra ferramenta. Passamos a vida a aprender a usá-la como deve ser.)

Na verdade, a língua mais estranha, mais espantosa, mais deslumbrante é a nossa — e todas as outras. Se olharmos de fora, todas as línguas são estranhas. São mecanismos espantosos, criados ao longo de séculos sem que ninguém planeie as suas estruturas ou os recantos intrincados — a complexidade de cada língua nasce da interacção de milhões de falantes; é um sistema feito de hábitos antigos, regras que começam a cristalizar-se e, depois, a desfazer-se, metáforas que se tornam palavras correntes, palavras correntes que se tornam parte da gramática…

Uma mente curiosa não se deixa saciar com umas quantas certezas mal-amanhadas: procura sempre mais. Neste blogue, tento alimentar as mentes curiosas dos meus leitores — ainda havemos de falar mais sobre como mudam as línguas, como se vão recriando, destruindo e construindo continuamente ao longo dos tempos, como nuvens, nuvens de uma beleza estonteante — e que, ainda por cima, nos deixam comunicar uns com os outros ou apenas dizer o que nos vai no corpo.

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Autor
Marco Neves

Professor na NOVA FCSH. Autor de livros sobre línguas e tradução. Fundador da Eurologos.

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13 comentários
  • Como apaixonada pelas palavras e tradutora, teria inúmeros comentários a acrescentar ao seu interessante artigo. Mas vou só lembrar a dificuldade de traduzir para outras línguas com que trabalho o nosso “ficar”. E tendo um genro americano que gosta de aprender português, como lhe explicar as diferenças entre “um homem bom” ou “um bom homem”, muito pior se for “uma boa mulher” ou “uma mulher boa”… E porque se diz “no Porto” mas “em Faro”, “em Lisboa” mas “na Covilhã” ou “em Seia”? Para as línguas que conheço, o nosso futuro do indicativo é um mistério! E não é preciso ser alemão para ficar totalmente confundido com a maneira anárquica com que usamos complementos de lugar, tempo, frequência!

  • Belo artigo. Parabéns!

    Se ainda não conhece, penso que gostará de ler o extraordinário clássico de Frederick Bodmer, “The Loom of Language” (1944).

    “What I also love about Bodmer’s work is the sense of joy he tries to convey, the idea that languages are a wonderful puzzle worth solving. When I first read the book many years ago I was inspired by it, driven to master languages the way Bodmer suggested, and I still use many of the ideas in the book as a guide towards my own continuing education in languages and cultures of the world.”

    https://www.onehourtranslation.com/translation/blog/loom-language

    Editora W. W. Norton & Company: http://books.wwnorton.com/books/978-0-393-30034-5/

  • Bem, é uma língua rica, e uma língua rica traduz a evolução mental e intelectual dos seus falantes, assim deveria ser, para além de facilitar e melhorar a qualidade da comunicação, evitar mal entendidos e pressupostos errados no momento da mesma. Um colega marroquino afirmou que o árabe é ainda mais rico, talvez esteja aí a razão longínqua da riqueza do português. E quanto a verbos o francês consegue superar o português. De volta a Portugal, porque ditaduras não são fáceis de suportar, realmente.

  • por momento quando vexa estava a explicar o significado daquelas palavras da minoritária língua “boro|” estive tentado a não ler até ao fim dada a evidência da insingularidade de tais vocábulos… mas ainda bem que li até ao fim.
    Quanto a desinquietar não uso mas suponho que queira dizer o mesmo que inquietar talvez porque o prefixo “des” nem sempre signifique negação.
    Para terminar deixo uma conjugação verbal ainda usada no Norte, pelo menos: ide indo , ou seja, ide, mas com a subtileza de ir com calma apesar de ser uma ordem imperativa…desta forma vou indo embora para casa que tenho pessoas à espera, ou seja vou indo porque ainda não tenho a certeza se quero ir já como deveria ou se não ler mais qualquer coisa.

    • O emprego de Ir indo e as suas formas verbais é comum em galego, com essa subtileza. Mesmo existe em Vigo uma editorial chamada assim “Ir Indo”.

      Maravilhou-me descobrir que a pergunta, para mim habitual Has comer? e a resposta Hei comer! correspondem a Comerás? e Comerei!.

  • Sabe bem ler um artigo interessante, divertido, que nos faz pensar, comparar, falar para dentro e nos ensina sem tom arrogante e/ou peremptório.
    Ah, se eu tivesse sabido há mais tempo…
    Vamos falando? ‘Bora?
    Obrigada

  • Gostei muito, sim senhor, muito, das peculiaridades dessa língua indiana que me ajuda a pensar e sentir a cada momento… A conjugação com o verbo “ter” para acções repetidas passou ao “castelhano” da Galiza: “Lo tengo visto muchas veces”.

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