Esta é daquelas peças que vale a pena ver e voltar a ver.
Os actores estão óptimos, o texto deixa-nos imersos de tal forma que nos inclinamos um pouco para a frente sem nos apercebermos — e ainda por cima provoca boas e sonoras gargalhadas, daquelas que nos devolvem anos de vida (e faz pensar e tudo e tudo).
Além disso, diga-se aqui: a tradução/adaptação está mesmo muito boa. Como é que eu sei? Cheguei ao fim da peça sem ter a certeza se era um original português. Sim, eu sei, devia saber qual o nome do autor antes de ir para a sala, mas sou distraído.
É um grande elogio a uma tradução, ou não? Estamos ali perante personagens que podia jurar serem tipicamente lisboetas. Milagres da tradução.
Mas, vamos lá ver uma coisa: numa pela chamada Nome Próprio, convém não esquecer o nome da tradutora no cartaz, vale?
(É Ana Sampaio.)