Reparem nas notas do tradutor. Abram um livro traduzido e, em muitos casos (mas não em todos), se folhearem com atenção, encontrarão uma dessas notas (marcada N. do T. ou N. da T.). Estarão lá para explicar ao leitor qualquer coisa que ele não sabe...
Será que os livros e a praia combinam? Nem por isso, se pensarmos bem. Temos, por um lado, a areia a enfiar-se pelas páginas ao mínimo levantar do vento ou às passadas indiscretas de alguém. Depois, convenhamos que é difícil encontrar uma posição...
Leio este Manifesto sobre os 800 anos da nossa língua (aliás, os 800 anos do primeiro documento oficial) e acho que não deixa de ser uma forma inteligente de falar da língua sem cair no já cansativo tema do “acordo ou não acordo”. Sim, é bom...
Ora, há que começar por dizer que é raro uma palavra poder ser traduzida por uma só palavra noutra língua. Muitas vezes, a uma palavra corresponde uma expressão (e vice-versa). É possível imaginar casos em que o tradutor tem de escrever um parágrafo...
Não acredito em palavras intraduzíveis. Não posso provar que não existam (ninguém pode provar que X não exista nalgum ponto do universo), mas considero-as tão improváveis como um unicórnio voador. E julgo não errar muito se disser que não há ninguém...
Quem nasce em Portugal acha que o mundo das línguas é simples: cada país tem a sua e as fronteiras entre elas são claras. Mas a realidade é muito diferente. Há milhares de línguas no mundo e apenas duas centenas de países. Há países onde podemos...
Hoje é o Dia da Europa. Talvez seja significativo que poucos europeus saibam disso… Mas não importa: hoje deixo-vos aqui uma pergunta sobre as línguas da União Europeia. É uma pergunta muito mais difícil de responder do que parece. Se...
Já me aconteceu usar o termo “espanhol” e ter alguém a corrigir-me, como se tivesse dito um grande disparate: afinal, devia saber que o nome correcto da língua oficial de Espanha é “castelhano”. Também já ouvi um espanhol a...
Nós, portugueses, habituados a um Estado linguisticamente simples, ficamos muito baralhados com a situação linguística dos outros países. Por exemplo, a Ucrânia: o que passa num país onde (dizem-nos os jornalistas) uma grande parte da população fala...
A minha resposta é: será que falam assim tão depressa? Já sei que dizer que os espanhóis não falam depressa é um sacrilégio em Portugal, mas às vezes é preciso blasfemar um pouco para aprender alguma coisa. Podemos pensar na questão doutra forma: se...