Já aqui falei dum cartaz de teatro sem o nome da tradutora. E quantos livros não há por aí em que o nome do tradutor não aparece senão na ficha técnica? Conheço também livros (normalmente traduzidos para o inglês) onde nem na ficha técnica põem o nome de quem os traduziu. Agora, nós por cá temos esta originalidade: um livro em que, na capa, aparece apenas o nome do tradutor, relegando o autor para a ficha técnica.
E esta, hein?
O Rei Lear, traduzido por Álvaro Cunhal.
Para quem não entendeu…
https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Minas_de_Salom%C3%A3o
Quando eu li o livro (há muitos anos), que havia essa grande noção de que o livro era muito bom porque havia sido traduzido pelo Eça de Queirós, que durante e devido à mesma, teria de algum modo melhorado a obra significativamente.
Presumo que seja simplesmente um mito, visto que não li a obra no original para poder fazer qualquer compração que seja.
Não sei se esse mito (ou realidade?) terá nascido no ‘Estado Novo’ ou antes, mas vou dar um exemplo de algo similar: – O autor deste blog e alguns dos seus seguidores deverão ser do tempo dos livros de banda desenhada do Major Alvega. Fantástico aviador LusoBritânico da segunda guerra mundial que na realidade é Battler Britton (https://pt.wikipedia.org/wiki/Major_Alvega)
E na verdade, nas palavras do “jornalista” Maxwell Scott : “This is the West, sir. When the legend becomes fact, print the legend”.
Veja-se esta entrada no forum BBdE:
http://www.bbde.org/viewtopic.php?f=170&p=136304&sid=2915c108922f5b01aeab30e5a0c59dda#p136304
Obrigado, Paulo! Vou lá dar uma espreitadela.