Palavras perigosas: respeito, opinião.
Bem, não. Acho que tenho de respeitar o direito que todos temos de ter opinião. E ainda respeitar as pessoas, o que implica demonstrar a nossa discordância sem ataques pessoais. Mais ainda: podemos respeitar-nos a nós próprios pondo em cima da mesa a hipótese de estarmos errados. Ah, o franco debate de ideias, sem picanços nem insultos. Será possível? Não sei. É difícil. Custa muito. Mas não me parece impossível. Reparem agora nisto (é um exemplo extremo): seja lá qual for a opinião que leva um tarado a matar 50 pessoas por serem gays, será bem pior do que a ideia simples de que devemos respeitar a vida dos outros. As pessoas, meus amigos, as pessoas concretas valem muito mais do que uma qualquer opinião. E as opiniões contrárias a esse valor de cada um não me merecem respeito algum.
Sem dúvida: Respeitemos as pessoas, ataquemos as ideias.
Respeitar pessoas? SEMPRE. Respeitar ideias? Depende.
Se as ideias não podem ser “desrespeitadas” (vá, criticadas), viveremos num mundo muito cinzento, em suma, ditatotial e totalitário, proibindo o melhoramento das mesmas e a construção de um futuro melhor.
Ataquemos as ideias e não as pessoas.